Têm sido associadas aos oceanos diversas formas de energias potencialmente utilizáveis. A inexistência de condições naturais minimamente favoráveis torna a energia das marés e a energia associada ao diferencial térmico (OTEC) pouco interessantes em Portugal. O gradiente salino é uma tecnologia em fase inicial de desenvolvimento, potencialmente importante se for bem sucedida, podendo justificar-se ser feito em Portugal o acompanhamento do seu desenvolvimento. Quanto às correntes marítimas, o recurso potencialmente utilizável em Portugal está localizado em estuários, onde o aproveitamento desta energia pode ser ambientalmente sensível; parece justificar-se fazer um estudo exploratório. A energia das ondas é aquela que, nos últimos anos, e a nível nacional e internacional, tem sido objecto de maior actividade de I,D&D. Genericamente, a tecnologia pode considerar-se em fase pré-comercial.
A conversão de energia a partir das ondas apresenta claras semelhanças com a eólica. Dado que as ondas são produzidas pela acção do vento, os dois recursos apresentam idêntica irregularidade e variação sazonal. Em ambos os casos extrai-se energia dum meio fluido em movimento e de extensão praticamente ilimitada, e os sistemas de aproveitamento são modulares, com potências instaladas por unidade previsivelmente inferiores à dezena de MW.
A maior complexidade dos sistemas de conversão e a maior agressividade do meio explicam o atraso da tecnologia das ondas em relação à eólica. Por outro lado, enquanto que no vento se convergiu para uma tecnologia bem definida, nas ondas a tecnologia tem-se dispersado por diversas concepções, o que também traduz uma realidade física mais variada.
A maior complexidade dos sistemas de conversão e a maior agressividade do meio explicam o atraso da tecnologia das ondas em relação à eólica. Por outro lado, enquanto que no vento se convergiu para uma tecnologia bem definida, nas ondas a tecnologia tem-se dispersado por diversas concepções, o que também traduz uma realidade física mais variada.